O Amapá recebe neste sábado (20) o evento “Vozes Amazônicas – Cultura, Ciência e Ativismo para redesenhar o futuro”, realizado na Casa Viva, em Macapá. A programação celebra o mês da Amazônia e propõe debates sobre os desafios do desenvolvimento sustentável na região.
A iniciativa é organizada pelo Instituto Mapinguari, apresentada pela Amazônia Terra Preta (ATP) e conecta a população ao Balanço Ético Global (BEG), projeto da presidência da COP30 que reúne propostas coletivas diante da crise climática. Este ano, a conferência internacional será realizada em Belém (PA).
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A programação inclui exposições artísticas, rodas de conversa e apresentação de dados. Todo o conteúdo será transformado em um documento técnico e uma obra artística, que serão entregues ao BEG e levados à COP30 como contribuição do Amapá e da Amazônia para as políticas climáticas globais.
Segundo Yuri Silva, diretor técnico do Instituto Mapinguari, a proposta é estimular reflexões amplas: “Através das perguntas norteadoras do Balanço Ético Global, a gente vai refletir sobre os dilemas morais, éticos e civilizatórios que a crise climática impõe à nossa comunidade, à nossa humanidade, e como isso se reflete nos modelos econômicos. É um debate complexo, amplo, mas que qualifica a participação da sociedade civil amapaense na COP30.”
Durante o evento, será lançada a pesquisa “Desafios e oportunidades para o Amapá”. O levantamento mostra que metade da população associa o futuro do estado à proteção ambiental, destacando atividades como pesca, agricultura familiar, turismo comunitário e sociobioeconomia. O estudo também aponta o protagonismo das mulheres na defesa de práticas sustentáveis e da população negra na conservação do território como reafirmação cultural e identidade social.
O consenso sobre a preservação de rios, mares e florestas como ativos econômicos estratégicos aparece como destaque da pesquisa, mesmo diante das pressões por exploração de petróleo e mineração. O encerramento da programação terá um pocket show especial.
A participação é voltada para lideranças comunitárias, pesquisadores, sindicatos, artistas, produtores culturais e o movimento estudantil. Como destaca Yuri Silva, o objetivo é que esses atores atuem como multiplicadores: “Esse público traz as vozes dos seus territórios, dos seus grupos representados, e depois levam de volta o resultado e os debates, levando consigo o acúmulo que o evento vai deixar.”
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