Após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin derrubar a eleição antecipada da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), os Deputados refizeram o pleito nesta quarta-feira (30) e reelegeram os mesmos nomes para o biênio 2025-2027. A eleição garante ao atual presidente da Casa, Roberto Cidade (União), um terceiro mandato consecutivo.
A composição da Mesa Diretora eleita hoje inclui a reeleição do primeiro vice-presidente, Adjuto Afonso; do segundo vice-presidente, Abdalla Fraxe; da terceira vice-presidente, Joana Darc; da secretária-geral, Alessandra Campêlo; do primeiro-secretário, Delegado Péricles; do segundo-secretário, Cabo Maciel; do terceiro-secretário, João Luiz; do corregedor Sinésio Campos; e do ouvidor, Felipe Sousa.
Em seu discurso de vitória, Roberto Cidade afirmou que cumpriu a determinação de nova eleição feita pelo STF. “Hoje refizemos a eleição, assim como no estado de Sergipe, que o Supremo pediu para ser refeita”, afirmou o deputado em suas primeiras palavras como presidente reeleito.
O parlamentar agradeceu, um a um, o apoio de todos os 22 colegas que votaram favoravelmente à reeleição da mesa diretora. Ele ainda mencionou o deputado Daniel Almeida, que deu o único voto contrário. Ao todo, são 24 deputados, mas a deputada Mayara Pinheiro não estave presente na sessão.
O presidente reeleito também agradeceu o voto favorável de Wilker Barreto, que durante as eleições municipais apoiou a chapa de Alberto Neto, adversário de Roberto Cidade, que concorreu à prefeitura de Manaus com o apoio do governador Wilson Lima.
Foco no futuro
Em outra menção às eleições municipais, Cidade ressaltou em seu discurso que a eleição de Manaus já aconteceu e que o foco agora deve ser a atuação na legislatura.
Na terça-feira (29), o presidente afirmou que a ação movida pelo Partido Novo que originou a decisão do STF era uma estratégia de campanha da candidata a vice-prefeita de Alberto Neto, Maria do Carmo Seffair, para o prejudicar.
A decisão
Na decisão do STF, o ministro Zanin destacou que a eleição anterior, realizada em 12/4/2023, feria a Constituição do Estado, que antes não permitia adiantamento do pleito e nem um terceiro mandato da mesma chapa.
Questionado se a nova eleição cumpre as determinações feitas pelo ministro, Cidade assegurou que a Aleam cumpriu a decisão. “O objeto da ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalidade) é a antecipação. Então nós estamos cumprindo uma decisão do STF, que é refazendo as eleições”, destacou o presidente.
O regimento interno da Casa Legislativa foi novamente modificado na manhã desta quarta-feira para que a eleição fosse refeita. O presidente da Aleam afirmou que o parlamento seguiu dentro do que é correto.