Pessoas retiradas da área de ocupação irregular “Comunidade Nova Mauá”, em uma ação de reintegração de posse na manhã desta quinta-feira (8) disseram que não tiveram nem duas horas para retirar suas coisas da área. Elas tiveram um aviso prévio de 15 dias sobre a realização da ação. Cerca de 500 pessoas foram retiradas da invasão.
Esta foi a oitava ação de reintegração de posse na ocupação somente este ano. A invasão estava instalada na avenida Flamboyant, no Distrito Industrial, zona leste de Manaus.
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A ação, executava por agentes das Polícias Militar, Federal, Civil e órgãos ambientais do estado e município, teve início já nas primeiras horas desta quinta-feira. A área pertence a União e é administrada pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), onde utiliza as terras para expansão industrial e/ou preservação ambiental.
Segundo as autoridades, nesta oitava ocupação, a área ambiental foi ainda mais degradada pelas pessoas.
“Eles disseram que se a gente não tirasse nossas coisas iam derrubar nossa casa em cima da gente. Eles dizem que o terreno uma hora pertence à União, outra da Suframa e depois que é de uma senhora que mora aqui do lado, mas não chega documento de nada para gente”, disse a moradora que não quis se identificar.
Indagada como ela soube da ocupação irregular, ela disse brevemente que morava de aluguel e que soube do lugar através de uma ‘amiga’ e então decidiu se mudar com a família para o local. Outros moradores não quiseram responder ao questionamento.
Ainda de acordo com as autoridades, os organizadores da invasão ainda não foram identificados, mas sabe-se que as movimentações iniciais chamando a população para invadir a área acontecem pela internet.
As famílias que estão sendo retiradas do local estão sendo assistidas por órgãos sociais que estão acompanhando a reintegração de posse, que só irá finalizar quando todas as casas foram destruídas.
*Fonte: Acrítica

