O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou neste domingo (2/11) que, sem um plano contínuo de retomada das áreas controladas por facções e milícias, o Rio de Janeiro seguirá obtendo resultados “parciais e insustentáveis” com operações policiais. O posicionamento foi publicado em seu perfil no X e faz referência às ações desta semana nos complexos da Penha e do Alemão.
Em resposta às críticas do governador Cláudio Castro à ADPF das Favelas, Gilmar Mendes esclareceu que o STF não proibiu operações, mas estabeleceu regras para que elas sejam planejadas, proporcionais e transparentes, com foco na redução de mortes e na proteção de civis e agentes. Castro havia chamado a decisão de “maldita”, afirmando que dificultou o acesso das forças de segurança a ruas bloqueadas por barricadas.
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O ministro também lembrou que, em abril, a Corte determinou que o governo estadual apresentasse um plano de reconquista dos territórios, incluindo presença contínua de serviços públicos, educação, saúde, moradia e assistência social. Segundo o STF, enquanto esse plano não for implementado e as incursões continuarem pontuais, os efeitos das operações tendem a ser limitados.
O debate sobre a segurança pública no Brasil é inadiável e deve buscar o equilíbrio entre o necessário enfrentamento das facções criminosas e a redução da letalidade das operações policiais.
Esse equilíbrio exige o reconhecimento da importância da atuação das forças de segurança…
— Gilmar Mendes (@gilmarmendes) November 2, 2025

