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Política

Venezuelanos em Manaus falam de expectativa de eleição no país

A escolha do novo presidente no país é realizado neste domingo (28).

Foto: Carlos Garcia Rawlins

No próximo domingo (28), acontecem as eleições gerais que devem escolher o próximo presidente da Venezuela. O pleito acontece em meio a diversas controvérsias, alguns oponentes do atual presidente Nicolás Maduro foram impedidos de concorrer ao cargo.

Pesquisas indicam 59% de intenção de votos para Edmundo Gonzalez, da oposição, e 24,6% para o atual líder, Nicolás Maduro.

Nesta semana, o presidente Lula comentou uma fala de Maduro sobre uma possível derrota nas eleições. O mandatário venezuelano declarou que poderia ocorrer “um banho de sangue e uma guerra civil” caso seu governo saia derrotado.

“Fiquei assustado com a declaração de Maduro”, destacou Lula. “Quem perde as eleições toma um banho de votos, e não de sangue. Maduro tem que aprender: quando você ganha, você fica; quando você perde, você vai embora”, completou o presidente brasileiro.

A fala de Lula veio em um tom menos harmonioso do qual o petista costuma comentar a política. No mês passado, ele também já havia feito um pedido público para que mais observadores internacionais participem do pleito.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai enviar dois especialistas em sistemas eleitorais para acompanhar as eleições presidenciais na Venezuela. Segundo o Tribunal, o conselho nacional eleitoral da Venezuela fez o convite para o envio de especialistas. A resposta foi encaminhada oficialmente ao governo venezuelano no início deste mês.

Venezuelanos imigrantes

A Yuglenis nasceu na Venezuela e mora a 3 anos em Manaus, é advogada e ativista política, ela se mudou devido as condições econômicas em que o país se encontrava.

“O motivo foi pelas condições de saúde, principalmente com as necessidades básicas, um salário suficiente para sobreviver, a grande maioria migrou por conta desses motivos, por conta disso eu e minha família estamos apoiando a oposição para que volte a democracia”, disse a advogada e imigrante.

Muitos imigrantes venezuelanos não apoiam sua reeleição, como a dona Ava Padmore que teve que sair do seu país de origem para conseguir sobreviver.

“Maduro não é um representante legal, não foi eleito pela maioria dos venezuelanos, ele é um ditador e não respeita a constituição, nosso futuro será voltar a democracia, já fomos um pais muito democrático, precisamos voltar a ser um país livre”.
Como funciona

A eleição para presidente na Venezuela tem apenas um turno e vence quem tiver o maior número de votos. O mandato para o presidente é de 6 anos e, no país, não há limite de reeleição.

A disputa presidencial da venezuela é realizada em data diferente das eleições para deputados no país e os congressistas têm um mandato de 5 anos e um calendário próprio de troca. A próxima eleição para o congresso será em 2025, quando serão renovados todos os 277 assentos.

Para votar, é preciso ter ao menos 18 anos e o voto não é obrigatório no país. Assim como o brasil, a venezuela também usa a urna eletrônica, mas a diferença é que no sistema venezuelano, o voto também é impresso.

Reeleição

Atual chefe do executivo é Nicolás Maduro, que concorre à reeleição para o 3º mandato. O governo de Maduro controla todas as instituições públicas na Venezuela e no seu governo a Venezuela rica em petróleo sofreu a pior crise econômica do país. Cerca de 7,7 milhões de venezuelanos já fugiram do seu país, muitos deles espalhados pela américa do sul.

Regras

O governo anunciou que as fronteiras do país serão fechadas a partir da meia-noite de 26 de julho, por ocasião das eleições do dia 28.

A decisão foi anunciada pelos ministérios da defesa e do interior, que também estabeleceram a suspensão do porte de armas e a proibição de bebidas alcoólicas a partir da mesma data até 23h59 de 29 de julho.

Ainda serão vetados a comercialização, distribuição e uso de objetos pirotécnicos, a circulação de cargas pesadas e a realização de manifestações públicas, restrições que são de praxe em processos eleitorais.

*Fonte: Acrítica

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